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By Ferramentas Blog

sábado, 20 de outubro de 2012

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM 21 de outubro de 2012



1. Aprofundando os textos bíblicos: Isaías 53,10-11; Salmo 33(32); Hebreus 4,14-16; Marcos 10,35-45
O evangelho está situado após o terceiro anúncio da paixão (vv.32-34) e mostra que os discípulos ainda não compreendem a missão de Jesus. Querem assegurar lugares de honra, pois esperam que o Cristo seja proclamado o Messias glorioso de Israel. O caminho do discipulado impele a beber o cálice com Jesus, a compartilhar sua paixão que se aproxima (14,36). A imagem do batismo sugere também a participação na morte redentora de Cristo (Rm 6,3). Assim, o exemplo de Jesus se opõe aos ambiciosos, que desejam os primeiros lugares. Na comunidade de Jesus, Servo sofredor, o poder consiste em servir o Reino de Deus. Os verbos governar e dominar, no v.42, descrevem com ironia, a liderança como poder e status. O Mestre substitui a hierarquia da dominação pelo serviço: Aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor; e quem quiser ser o primeiro seja o servo de todos (vv.43-44). O ensinamento de Jesus fundamenta-se na oferta de sua vida: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos (v.45). Ele carregou sobre si as dores e os pecados da humanidade, realizando plenamente a missão do Servo (1ª leitura). Deus exalta o justo pela fidelidade à sua vontade. O salmo acentua que o Senhor ama o direito e a justiça e sua graça transborda em toda a terra. Jesus é o sumo sacerdote eminente, capaz de compadecer-se das fraquezas humanas, pois foi provado em tudo, exceto no pecado (2ª leitura). Permaneçamos firmes na profissão de fé e confiantes na misericórdia divina.

2. Atualizando

Jesus inaugura um mundo novo, onde os primeiros e os maiores são aqueles que servem os outros. Ele continua exercendo seu sacerdócio, solidarizando-se com as nossas fraquezas. Sua presença renova e fortalece nossa ação missionária a serviço da paz, justiça, amor solidário.

3. A palavra de Deus na celebração

A eucaristia é o mais eloquente sinal do serviço de Cristo. A cada celebração fazemos memória de sua entrega: “Eis o meu corpo... eis o meu sangue, dados por vós... Hoje Ele pede de nós a mística do serviço. Que de fato possamos servir sempre de todo o coração, sem reservas para que todos tenham vida.

4. Dicas e sugestões

Na procissão de entrada, valorizar a cruz, sinal da entrega de Jesus. Ela pode ser incensada.

domingo, 14 de outubro de 2012

Ano da fé

Na celebração do Ano da Fé, o papa convida para que os católicos recebam a indulgência plenária
 
O papa Bento XVI, sabiamente, instala, nas comemorações da abertura do Cinquentenário do Concílio Ecumênico Vaticano II e no vigésimo ano do Catecismo da Igreja Católica, o Ano da Fé. Este evento será celebrado de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. É mais uma oportunidade para que os católicos voltem um olhar mais apurado aos valores das doutrinas, revendo os documentos do Concílio e as orientações presentes no Catecismo da Igreja Católica. É um excelente período para o conhecimento dos valores presentes no depósito da fé. A primeira vez que foi proclamado o Ano da Fé foi em 1967, instalado pelo servo de Deus papa Paulo VI, por ocasião do décimo nono aniversário do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.
É importante refletir sobre a necessidade de construir a fé nos ambientes onde o absolutismo toma conta, lá onde as pessoas perderam as esperanças, contaminadas por uma cultura laxista e indiferente. Ver-se-á, então, que a fé vem reforçar os laços humanos e com Deus para reconstruir a humanidade muitas vezes desorientada pelo abandono dos valores ensinados por Jesus Cristo.
O papa Bento XVI chama a atenção dos cristãos: têm “maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária”. (Porta Fidei, 2). Ele lembra também que onde a fé é viva, a cultura cristã não se torna passado.
Trata-se de se recuperar um olhar para a “fé de sempre” e transmiti-la para as gerações futuras. Por isso, acontece neste mês em Roma o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã. Na História da Igreja, os papas sempre exortaram o rebanho de Cristo com decretos, bulas, cartas apostólicas, encíclicas e mensagens para que os católicos alimentem cada vez mais a fé e a transmitam aos outros pelo ensinamento e pelo testemunho. É por isto que o papa Bento XVI instala com um decreto – Porta Fidei – este Ano da Fé.
As orientações da Congregação para a Doutrina da Fé colocam que ente as atividades mundiais para se viver neste Ano da Fé é a Jornada Mundial da Juventude, que teremos a alegria de acolher em nosso país e em nossa cidade.
Na ocasião da celebração do Ano da Fé, o papa convida para que os católicos recebam a indulgência plenária, conforme orientações do seu decreto. Veja abaixo alguns elementos dessa orientação papal:
Ao longo de todo o Ano da Fé, proclamado de 11 de outubro de 2012 até o fim do dia 24 de novembro de 2013, poderão alcançar a indulgência plenária da pena temporal para os próprios pecados, concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, a todos os fiéis deveras arrependidos, que se confessem de modo devido, comunguem sacramentalmente e orem segundo as intenções do sumo pontífice:
A) Cada vez que participarem em pelo menos três momentos de pregações durante as Missões Sagradas, ou então em pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou lugar idôneo;
B) Cada vez que visitarem em forma de peregrinação uma basílica papal, uma catacumba cristã, uma igreja catedral, um lugar sagrado, designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé (por ex. entre as basílicas menores e os santuários dedicados à Bem-Aventurada Virgem Maria, aos santos Apóstolos e aos santos padroeiros) e ali participarem nalguma função sagrada ou pelo menos passarem um tempo côngruo de recolhimento com meditações piedosas, concluindo com a recitação do pai-nosso, a profissão de fé de qualquer forma legítima, as invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria e, segundo o caso, aos santos Apóstolos ou padroeiros;
C) Cada vez que, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da fé (por ex. nas solenidades do Senhor, da Bem-Aventurada Virgem Maria, nas festas dos santos Apóstolos e padroeiros, na Cátedra de São Pedro), em qualquer lugar sagrado, participarem numa solene celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a profissão de fé de qualquer forma legítima;
D) Um dia livremente escolhido, durante o Ano da fé, para a visita piedosa do batistério ou outro lugar, onde receberam o sacramento do batismo, se renovarem as promessas batismais com qualquer fórmula legítima.
Os bispos diocesanos ou eparquiais, e aqueles que pelo direito lhes são equiparados, no dia mais oportuno deste tempo, por ocasião da celebração principal (por ex. a 24 de novembro de 2013, na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, com a qual será encerrado o Ano da Fé), poderão conceder a bênção papal com a indulgência plenária, lucrável por parte de todos os fiéis que receberem tal bênção de modo devoto.
Os fiéis verdadeiramente arrependidos, que não puderem participar nas celebrações solenes por motivos graves (como, em primeiro lugar, todas as monjas que vivem nos mosteiros de clausura perpétua, os anacoretas e os eremitas, os encarcerados, os idosos, os enfermos, assim como quantos, no hospital ou noutros lugares de cura, prestam serviço continuado aos doentes) obterão a indulgência plenária nas mesmas condições se, unidos com o espírito e o pensamento aos fiéis presentes, particularmente nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas pela televisão e rádio, recitarem em casa ou onde o impedimento os detiver (por ex. na capela do mosteiro, do hospital, da casa de cura, da prisão...) o pai-nosso, a profissão de fé de qualquer forma legítima e outras preces segundo as finalidades do Ano da fé, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida.
Em nossa arquidiocese, os santuários e basílicas já foram escolhidos e divulgados, assim como as solenidades e eventos deste Ano da Fé. Além disso, a cada mês iremos aprofundar alguns aspectos que notamos necessitarem de esclarecimentos e estudos entre o nosso povo. Tanto conferências como reflexões, textos, homilias terão oportunidade de esclarecer as pessoas sobre a nossa fé e suas razões. Eis que se abre um tempo favorável para viver e aprofundar a fé. Aproveitemos, portanto, deste tempo propício.
Assim, caríssimos, temos ali presente esta oportunidade de rever como vivemos os valores aprendidos desde nossa infância, e como são reproduzidos e testemunhados nos dias de hoje. Chegou o momento de reforçar em nós a fé e anunciar a boa notícia aos irmãos. Coragem e fé! Deus os abençoe!
* Dom Orani João Tempesta, cisterciense, é arcebispo do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Coroação de Nossa Senhora Aparecida



Coroação de Nossa Senhora aparecida aconteceu no Colegio Alkinda nesta quinta feira dia 11 de outubro de 2012, com a presença dos fiéis. A nossa Mãe Aparecida foi homenejeada com o grupo de adolecentes e crianças.

 
 

sábado, 6 de outubro de 2012

Votar | Texto de Raquel de Queiroz na revista O Cruzeiro de 11 de janeiro de 1947



6 setembro 2012·  
DOPC Pesquisa
Pesquisa e sugestão de leitura de Rubens Pontes, do Potal DOPC:
-Oleare: uma leitura bem oportuna, diz Pontes.
Não sei se vocês têm meditado como devem no funcionamento do complexo maquinismo político que se chama governo democrático, ou governo do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido imediato. No entanto, talvez não exista, mais do que esta, expressão nenhuma nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal: governo do povo. Numa democracia, o ato de votar representa o ato de FAZER O GOVÊRNO.

  • Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo. Escolhe-se pelo voto aqueles que vão modificar as leis velhas e fazer leis novas – e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, até os sete palmos de terra da derradeira moradia. Escolhemos igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aqueles que irão estipular a quantidade desses impostos. Vejam como é grave a escolha desses “cobradores”. Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso. E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aqueles que vão receber, guardar e gerir a fazenda pública, mas também se escolhem aqueles que vão “fabricar” o dinheiro. Esta é uma das missões mais delicadas que os votantes confiam aos seus escolhidos. Pois, se a função emissora cai em mãos desonestas, é o mesmo que ficar o país entregue a uma quadrilha de falarios. Eles desandam a emitir sem conta nem limite, o dinheiro se multiplica tanto que vira papel sujo, e o que ontem valia mil, hoje não vale mais zero. Não preciso explicar muito este capítulo, já que nós ainda nadamos em plena inflação e sabemos à custa da nossa fome o que é ter moedeiros falsos no poder. Escolhem-se nas eleições aqueles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático. E, circunstância mais grave e digna de todo o interesse: dá-se aos representantes do povo que exercem o poder executivo o comando de todas as fôrças armadas: o exército, a marinha, a aviação, as polícias. E assim, amigos, quando vocês forem levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho que lhes fez um favor, ou para o Sr. Sicrano que tem tanta vontade de ser governador, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio – lembrem-se de que não vão proporcionar a esses sujeitos um simples emprego bem remunerado. Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso, vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para eles comandarem – e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes que lhe dá o povo. Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fossem. Entregamos a esses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra – e a flor da nossa mocidade, a eles presa por um juramento de fidelidade. E tudo isso pode se virar contra nós e nos destruir, como o monstro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador. Votem, irmãos, votem. Mas pensem bem antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto! Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do que se estivessem escolhendo uma noiva. Porque, afinal, a mulher quando é ruim, briga-se com ela, devolve-se ao pai, pede-se desquite. E o governo, quando é ruim, ele é quem briga conosco, ele é que nos põe na rua, tira o último pedaço de pão da boca dos nossos filhos e nos faz apodrecer na cadeia. E quando a gente não se conforma, nos intitula de revoltoso e dá cabo de nós a ferro e fogo. E agora um conselho final, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar este ou aquele candidato, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto. Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem medo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem medo, não se esqueça de que DENTRO DA CABINE INDEVASSÁVEL VOCÊ É UM HOMEM LIVRE. Falte com a palavra dada à fôrça, e escute apenas a sua consciência. Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno”.
A escritora Raquel de Queiroz integrou a Academia Brasileira de Letras.

Música Nossa Missão