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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Reino de Cristo.

Jesus Te Ama
“Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino” (Lc 23,42).
Diante daquela vozearia do Calvário, diante desse escárnio, diante desses insultos, unamo-nos ao bom ladrão numa súplica confiante e peçamos ao Senhor que venha a nós o Seu Reino.
A nossa presença aqui neste dia e nesta Eucaristia é uma resposta maravilhosa, cheia de fé e de amor, a esse grito de rebeldia de tantos e tantas que não querem aceitar o reinado de Cristo, que não viram ainda a beleza do seu rosto, que não conhecem a maravilha da sua doutrina; “nós queremos que Ele reine sobre nós”. Ele é “Rei, Senhor dos Senhores” (Apoc.19,6); a Ele foi dado todo o poder no céu e na terra (Cfr. Mt 27,18).
A solenidade de Cristo rei celebra-se desde o princípio do século passado, como resposta ao comunismo ateu…Nós queremos gritar bem alto a soberania universal de Cristo, queremos com o nosso zelo apostólico e com a nossa santidade “restaurar todas as coisas em Cristo”; com o nosso trabalho bem feito, com naturalidade, sem ruído, daremos a melhor resposta a esse clamor que não cessa, a esse exemplos vergonhosos de corrupção e desonestidade, a essas concessões cobardes e transigências egoístas na fé e na moral. Apesar dos nossos erros e fraquezas, pedimos que Ele reine sobre nós e dirija para nós o seu sorriso cheio de misericórdia, nos levante com o calor da sua mão divina e nos perdoe os nossos pecados.
Rei e Amigo.
Contemplemos o Senhor nesta Eucaristia, neste Mistério de Amor: “Aí o temos, é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores…escondido no pão”. Ele é o nosso maior Amigo: deu a prova máxima de amor, dando a vida por nós. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ouçamos um breve testemunho de alguém que se deixou conquistar pelo amor de Cristo:
“Deixem contar-lhes como travei conhecimento com Ele: tinha ouvido muito falar d’Ele, mas não fazia caso. Ele cobria-me continuamente de atenções e favores, mas nunca Lhe agradeci. Parecia buscar a minha amizade, mas eu mostrava-me indiferente. A todas as horas eu me sentia desamparado, infeliz, morto de fome e em perigo e Ele oferecia-me refúgio, consolo, apoio e, no entanto, eu continuava a ser ingrato. Por fim, cruzou-se no meu caminho e, com lágrimas nos olhos, suplicou-me: – “Vem e fica comigo”.
Deixem-me contar-lhes como me trata agora: satisfaz todos os meus anseios, dá-me mais do que me atrevo a pedir. Antecipa-se a todas as minhas necessidades. Roga-me que Lhe peça mais. Nunca me censura as minhas loucuras passadas.
Deixem-me contar-lhes ainda o que penso d’Ele: Ele é tão bom como grande, o seu amor é tão ardente como verdadeiro; Ele é tão pródigo nas suas promessas como fiel em cumpri-las; é tão cioso do meu amor como merecedor dele. Em tudo Lhe sou devedor, mas Ele pede-me que simplesmente Lhe chame Amigo”( extraído de um velho manuscrito).
Herdeiros do Reino de Cristo
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Vinde benditos de meu Pai, recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo” (Mt 25, 31-46).
A parábola evangélica do Juízo final revela-nos em que consiste e sobre que matéria há-de versar o juízo último de Cristo, Rei do universo. O ingresso no Reino, preparado por Deus para os seus, ou a exclusão dele serão a consequência lógica da “vida” dos homens durante a sua existência terrena. Cada um recolherá o que semeou. Por “vida” deve entender-se a atitude concreta assumida em relação àqueles que estavam em dificuldades e na indigência e, por conseguinte, estavam necessitados de solidariedade, de assistência, de libertação. Será, por isso, abençoado aquele que, em relação ao pobre, tiver agido como Jesus, o Bom Pastor que encarnou a ternura de Deus, indo em busca das ovelhas perdidas, envolvendo em faixas as que estavam feridas, cuidando das doentes, para as reconduzir ao redil a as apascentar com justiça.
Esta é a novidade do amor e do serviço próprio do cristão: quem quer viver como discípulo de Cristo e herdar o Reino dos Céus, tem de ser cidadão desde agora desse Reino, construtor de um novo estilo de vida, que Jesus veio instaurar no mundo. Cristo, presente nos cristãos, vive e actua, cresce, serve e é servido, reina, ama e é amado em cada homem, em cada mulher: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15, 12). Como nos recorda S. João da Cruz: “No fim dos tempos, seremos julgados pelo amor”. A caridade é verdadeiramente a virtude central e o resumo de todas as virtudes. Aqui, no Reino de Cristo, servir é reinar; como Ele nos disse: “Eu não vim para ser servido mas para servir”.





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