Seg, 16 de Julho de 2012
Escrito por Assessoria de Imprensa
O 3º Congresso Missionário Nacional
(CMN) encerrou suas atividades neste domingo, 15, com as conclusões dos
trabalhos realizados nos quatro mutirões: infância, Adolescência e
Juventude Missionária(IAJM), Leigos e Leigas, ministros ordenados e Vida
Religiosa Consagrada.
Levar em
conta o contexto secularizado no qual as crianças, adolescentes e
jovens missionários estão inseridos, um mundo que exige personalidades
fortes para um testemunho profético, comunidades fraternas e
comprometidas e muita criatividade e ousadia; maior dedicação na
formação dos assessores; trabalho em conjunto com as famílias e uso
extensivo das redes sociais, foram pontos acentuados pela IAJM.
Lembraram
ainda que a infância e a juventude missionária não são um movimento nem
um grupo paralelo na Igreja local, mas Obra Pontifícia, portanto sua
missão fundamental é cooperar para que o futuro que há na Igreja se abra
para a missão ad gentes como sua essência.
O
mutirão do laicato ressaltou a maior inserção dos leigos no campo
missionário, a formação teológica disponível e uma maior igualdade entre
a ação dos leigos e dos ministros ordenados, mas falta ainda a
compreensão da missão do Conselho Indigenista Missionário, maior
conhecimento dos documentos da Igreja e a falta de pastorais de
fronteira. Os Leigos sintetizaram o seu ser missionário com a frase de
Dom Pedro Casaldáliga: “O evangelizador que não for capaz de permanecer
meia hora de silêncio diante do Senhor, neste dia não deveria abrir a
boca para pregar nada, pois correria o risco de anunciar a si mesmo e
não o Senhor do Reino”.
“Comungar
é tornar-se um perigo, viemos para incomodar, com a fé e união nossos
passos um dia vão chegar”. Com este canto os religiosos e religiosas
expressaram aos congressistas o seu jeito peculiar de fazer missão.
Reafirmaram a sua vocação missionária de ser presença profética e
samaritana em meio ao povo. As estatísticas da Conferência dos
Religiosos do Brasil (CRB) indicam que há 291 padres religiosos, 61
religiosos e 1522 religiosas brasileiros em missão ad gentes, o que
mostra a grande força missionária deste grupo, que também é chamado a
estar entre os pobres e marginalizados.
Os
ministros ordenados expuseram suas conclusões e realçaram o ardor
missionário, a missão como fonte de espiritualidade, a capacidade de
estar com o povo, o encontro pessoal com Jesus Cristo, a vivência do
despojamento e a valorização dos leigos e das Comunidades Eclesiais de
Base, como pontos positivos do seu ser missionário, mas não negaram que
na vida missionária a concentração do poder, a formação insuficiente
dos seminaristas na dimensão missionária e o fechamento de vários
setores da Igreja para a missão, dificultam o caminho.
Por João Paulo Veloso e Rosinha Martins | Assessoria de Comunicação do 3º CMN
Por João Paulo Veloso e Rosinha Martins | Assessoria de Comunicação do 3º CMN