Hoje, às 15h, será realizada a Coletiva
de Imprensa do terceiro dia da 51ª AG com Dom Geraldo Lyrio Rocha,
arcebispo de Mariana (MG), dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo Palmas
(TO) e dom Enemésio Angelo Lazzaris, bispo de Balsas (MA). A coletiva
será transmitida ao vivo pelo Portal A12.
COLETIVA DE IMPRENSA
Visão geral da assembleia,
Questão Agrária e Bispos eméritos
Terceiro dia da 51a assembleia geral da CNBB
Aparecida (SP)
A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) deu início, durante este terceiro dia da assembleia geral,
ao trabalho de estudo, debate e ajustes do texto que vai publicar sobre
a Questão Agrária. Uma comissão de especialistas em
questões agrárias juntamente com vários bispos e representantes de
organismos e pastorais relacionados com o tema elaboraram um texto para
ser discutido. Este texto, ao final de cinco reuniões, foi apresentado
aos bispos do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) e hoje foi lançado ao
plenário da 51ª Assembleia Geral dos Bispos, em 2013, para se tornar um
Documento Azul da CNBB. Segundo os especialistas presentes nas
reuniões, o novo texto será uma atualização de um trabalho da Igreja, de
1980, intitulado “Igreja e os problemas da terra”. Atualmente existe
também o Documento 99 de Estudos da CNBB, que trata da “Igreja e
questões agrárias no início do século XXI”, aprovado no ano de 2010.
Fazendo um paralelo histórico da luta da
Igreja do Brasil pelas questões do campo, dom Enemésio Angelo Lazzaris,
bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
afirmou: “Sem dúvida alguma, tratar da questão agrária nos coloca em
contato com uma tradição muito bonita e um compromisso que a Igreja
assume desde a criação da CNBB. A Igreja, na sua primeira Assembleia
Geral, em 1953, em Belém do Pará, já falava das questões do campo. Na
segunda, em Aparecida (SP), 1954, o tema central foi Igreja e a Reforma
Agrária. Ao menos dez, das 50 Assembleias Gerais da CNBB trataram
diretamente de temas como o direito, a justiça, questões agrárias,
operárias, sociopolíticas e econômicas. Na 18ª Assembleia, a CNBB teve
como tema específico a Pastoral da Terra, que resultou no documento
‘Igreja e os problemas da terra’, este documento é que praticamente
norteou a Igreja em relação a questões do campo, por isso a necessidade
de um documento novo”.
Bispos eméritos são
aqueles que têm mais de 75 anos e renunciaram ao governo da diocese,
como prevê o Código de Direito Canônico. Dom Aloísio Sinésio Bohn, bispo
emérito de Santa Cruz do Sul (RS) enumerou três pontos importantes
sobre a posição da Igreja em estabelecer a renúncia dos bispos depois
dos 75 anos. “A figura do bispo emérito é importante porque renova a
liderança na diocese. O segundo ponto que acredito ser bom trata-se da
reconciliação. Sabemos que somos humanos e às vezes erramos. E o
terceiro ponto importante é que o bispo de idade avançada tem o direito
de não ter tantas preocupações”, pontuou. Ao invés de continuar com os
trabalhos diocesanos, disse dom Sinésio, “o bispo emérito pode ajudar na
oração e no aconselhamento que também são importantes para a vida da
Igreja”. A Igreja Católica no Brasil tem atualmente 299 bispos na ativa e
160 eméritos.
Fonte:CNBB