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By Ferramentas Blog

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nossa Senhora Aparecida - A Rainha e Padroeira do Brasil

Recados Para Orkut

Recados de Dia de Nossa Senhora Aparecida



Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.

A pescaria milagrosa


A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais.

Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram ao Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram a fuzél para os três humildes pescadores.

Início da devoção


Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.

A primeira capela


Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, com a ajuda do filho de Filipe Pedroso ( que não queria construir a capela no alto do morro dos coqueiros, pois achava mais fácil para o povo entrar na capela logo abaixo, ao lado do povoado) aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745.

Visita de Dom Pedro I


Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e a imagem de Nossa Senhora.

Primeira igreja (basílica velha)


Em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha) para acomodar e receber os fiéis que aumentavam significadamente, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.

Coroa de ouro e o manto azul


Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 08 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.

Chegada dos missionários redentoristas


Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.

Coroação da imagem



A coroa doada pela Princesa Isabel.

A 8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Instalação da basílica


No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa.

Município de Aparecida - SP


Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, vindo a se chamar Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora, que fora responsável pela criação da cidade.

A rainha e padroeira do Brasil


Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI, sendo coroada. Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira dos Católicos do Brasil.

Rosa de Ouro


Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra Rosa, em 2007, em decorrência da sua Viagem Apóstolica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção.

O maior santuário mariano do mundo


Em 4 de julho de 1980 o papa João Paulo II, em sua histórica visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus e sagrando solenemente aquele grandioso monumento construído com o carinho e devoção do povo brasileiro.

Centenário da coroação


No mês de maio de 2004 o papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil. Após um concurso nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.

Descrição da imagem



A imagem, tal como se encontra no interior da Catedral.

A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de terracota e mede quarenta centímetros de altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram (Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do Mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva-Nigra e Dom Paulo Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o comprove. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio.

A cor de canela com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas pelos seus devotos.

Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi (à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com o dr. João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.

Embora não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características:

  • forma sorridente dos lábios;
  • queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha;
  • penteado e flores nos cabelos em relevo;
  • broche de três pérolas na testa; e
  • porte corporal empinado para trás. 
  • Primeiros milagres: Milagre das velas: Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre conhecido de Nossa Senhora, ocorrido mais provavelmente em 1733.Caem as correntes: Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pela igreja onde se encontrava a imagem de Nossa Senhora Aparecida, pede ao feitor permissão para rezar. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha diante de Nossa Senhora Aparecida e reza fervorosamente. Durante a oração, as correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.Cavaleiro e a marca da ferradura: Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Logo na escadaria, a pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escada da igreja (Basílica Velha), vindo a derrubar o cavaleiro de seu cavalo, após o fato, a marca da ferradura ficou cravada da pedra. O cavaleiro arrependido, pediu perdão e se tornou devoto.A menina cega:Mãe e filha caminhavam às margens do Rio Paraíba do Sul(onde aconteceu a descoberta de Nossa Senhora Aparecida), quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe : "Mãe como é linda esta igreja" Basílica Velha. Daquele momento em diante, a menina começa a enxergar.
O menino no rio:O pai e o filho foram pescar. Durante a pescaria, a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio. O menino não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pediu a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino parou de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continuava, e o pai salvou o menino.O homem e a onçaUm homem estava voltando para sua casa, quando de repente ele se deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o homem pediu desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, e a onça virou e foi embora.Coroa comemorativa


Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Brasil.

Para celebrar o centenário da Coroação da Imagem da Padroeira do Brasil, a Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista (Ajoresp), com apoio técnico do Sebrae (São Paulo), promoveu um Concurso Nacional de Design, visando selecionar uma nova Coroa comemorativa do evento.

O Júri Institucional do evento selecionou, por consenso, o projeto da designer Lena Garrido, em parceria com a designer Débora Camisasca, de Belo Horizonte (Minas Gerais). A nova peça foi confeccionada em ouro e pedras preciosas especialmente para a solenidade do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida, no dia 8 de setembro de 2004.

O Catequista e a Animação Bíblica da Pastoral

 “... Sede praticantes da Palavra, e não meros ouvintes ... “(cf.Tg 1, 22)
Nos últimos anos, temos acompanhado a grande preocupação de nossa Igreja e o apelo de nossos bispos para um reaprender e familiarizar-se com o novo vocábulo que é o da “Animação Bíblica da Pastoral”. Obviamente, este termo pode ser novo na nossa linguagem, porém, muito presente na caminhada do povo da Bíblia bem antes da Tradição escrita. Todavia, não encontramos na Bíblia a expressão Animação Bíblica da Pastoral, mas encontramos uma dimensão bíblica que permeia todo agir ético e comportamental do povo de Deus. Um exemplo típico desta transmissão pode ser encontrado no Sl 78 (79) que diz: O que nós ouvimos, o que aprendemos, o que nossos pais nos contaram, não ocultaremos a seus filhos; mas vamos contar à geração seguinte as glórias do Senhor, o seu poder e os prodígios que operou” Os primeiros educadores da fé e ou agentes de pastoral, tinham em mente que o processo educativo da fé se dava pela de transmissão da Palavra de Deus.
No centro da espiritualidade de Israel está a Palavra pela qual Deus se fez conhecer a si mesmo e que ajuda a interpretar os novos acontecimentos da história. Logo, toda ação evangelizadora, tanto no Antigo como no Novo Testamento, era perpassada pela dimensão Bíblico-Catequética.
O processo de transmissão consistia num núcleo fundamental para a exegese hebraica. Esta Tradição Oral, ensinamento que foi sendo transmitido de geração em geração, esse processo podemos chamá-lo de catequese. Para a Igreja, a Escritura, junto com a Tradição viva, é norma suprema da fé, fonte principal e anúncio de vida.
Com o Concílio Vaticano II, percebe-se que cada vez mais ganha espaço e importância, na ação evangelizadora, a Animação Bíblico-Catequética. O grande contingente de cristãos que não foram evangelizados faz voltar o olhar para a rica experiência catecumenal da Igreja antiga, na qual a catequese estava estreitamente ligada à Bíblia e sua leitura inserida no seio da comunidade eclesial. Escolas catecumenais, como as de Alexandria e Antioquia, não só foram as responsáveis por uma formação cristã de qualidade, como também do desenvolvimento de uma pedagogia de educação na fé e da explicitação dos traços essenciais de um método adequado de leitura das Escrituras, influenciando a Igreja como um todo. “A catequese há de haurir sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Sagrada Escritura, porque a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito inviolável da Palavra de Deus, confiada à Igreja” (CT 27).
A recente exortação Apostólica pós Sinodal VERBUM DOMINI sobre a Palavra de Deus na Vida e Missão da Igreja ao falar de Animação Bíblica da pastoral acentua que “quando não se formam os fiéis num conhecimento da Bíblia conforme à fé da Igreja no sulco da sua Tradição viva, deixa-se efetivamente um vazio pastoral, onde as realidades como seitas podem encontrar fácil terreno para lançar suas raízes”(VD 73). De fato, a Animação Bíblica da Pastoral é como um novo impulso na pastoral de conjunto. Assim, a evangelização ou a catequese evangelizadora como assim chamamos seja espaço favorável para o encontro com Jesus Cristo Vivo na Palavra. Portanto, o catequista que desempenha um ministério que é o serviço da proclamação e do testemunho da Palavra de Deus deverá ser o primeiro impulsionador da Animação Bíblica da Pastoral, conduzindo o itinerário de conversão daqueles que, tendo descoberto Jesus Cristo, querem continuar a descobrir a graça da fé, até alcançar a plenitude da vida cristã. A VERBUM DOMINI nos ajuda a compreender a Animação Bíblica da Pastoral como:
1. Um esforço particular da pastoral em acentuar a Bíblia, Palavra de Deus na vida e missão da Igreja.
“O Sínodo convida toda Igreja a um empenho pastoral para ressaltar o ponto central da Palavra de Deus na vida eclesial recomendando que “se incremente a ’pastoral bíblica’, não
em justaposição com outras pastorais, mas como Animação Bíblica da Pastoral inteira” (cf.VD, 73).
2. Interesse real pelo encontro pessoal com Jesus Cristo na Palavra.
“Não se trata de acrescentar qualquer encontro na paróquia ou na diocese, mas de verificar que, nas atividades habituais das comunidades cristãs, nas paróquias, nas associações e nos movimentos, se tenha realmente o encontro pessoal com Jesus Cristo que Se comunica a nós na sua Palavra” (VD, 73).
3. Conduzir a um maior conhecimento da Pessoa de Jesus Cristo.
“Dado que a ignorância das Escrituras é a ignorância do próprio Cristo, então podemos esperar que a Animação Bíblica de toda Pastoral ordinária e extraordinária levará a um maior conhecimento da Pessoa de Jesus Cristo, Revelador do Pai e plenitude da Revelação divina” (VD, 73).
4. Importância da Animação Bíblica da Pastoral como eficácia e solidez na missão diante do fenômeno dos novos movimentos religiosos.
“Exorto aos pastores e os fiéis a terem em conta a importância desta animação: será o modo melhor de enfrentar alguns problemas pastorais referidos durante a assembleia sinodal, ligados por exemplos à proliferação de seitas, que difundem uma leitura deformada e instrumentalizada da Sagrada Escritura” (VD, 73).
5. Formar os cristãos no conhecimento da Bíblia, na fé da Igreja e sua tradição:
“Quando não se formam os fiés num conhecimento da Bíblia conforme à fé da Igreja no sulco da sua Tradição viva, deixa-se efetivamente um vazio pastoral, onde as realidades como seitas podem encontrar fácil terreno para lançar suas raízes” (VD, 73).
6. Preparar a os Presbíteros e Leigos para INSTRUIR e ENSINAR com autenticidade as Escrituras.
“Por isso é necessário prover também a uma preparação adequada dos sacerdotes e leigos, para poderem instruir o Povo de Deus na genuína abordagem das Escrituras” (VD, 73).
7. Promover COMUNIDADES onde a Bíblia seja fonte da oração e conhecimento segundo a fé da Igreja: (grupo lendo a Bíblia)
“Além disso, como foi sublinhado durante os trabalhos sinodais, é bom que, na atividade pastoral, se favoreça a difusão de pequenas comunidades, formadas por famílias ou radicadas nas paróquias ou ainda ligadas aos diversos movimentos eclesiais e novas comunidades, nas quais se promova a formação, a oração e o conhecimento da Bíblia segundo a fé da Igreja” (VD, 73).
Desde a DEI VERBUM, e agora com a VERBUM DOMINI, é possível perceber que a Animação Bíblica da Pastoral é toda a atividade da Igreja, no esforço de anunciar com eficácia o Reino de Deus: “é preciso, pois que, do mesmo modo que a religião cristã, também a pregação eclesiástica seja alimentada e dirigida pela Sagrada Escritura” (DV 21). Teologicamente falando, é a Palavra de Deus que dá origem à Igreja, e a Bíblia, como Palavra de Deus escrita, é a força e coluna em que se apoia a dimensão eclesial. É louvável que a catequese tem sido a tarefa eclesial mais
ligada a Bíblia e tanto a V Conferência como o Sínodo dos bispos de 2008 desejam que também as demais pastorais busquem, nas Sagradas Escrituras, a inspiração e o fundamento de suas ações.
Uma foto dos Bispos na Assembleia: Nossos Bispos, na 48ª Assembleia Geral da CNBB, destacaram que “em continuidade com tudo que já se realiza, somos convidados a dar um novo passo. Trata-se de compreender que a Palavra de Deus é a alma de toda a ação evangelizadora da Igreja. Propõe-se uma verdadeira ’Animação Bíblica da Pastoral’. Assim, a Palavra de Deus, contida na Sagrada Escritura, suscita, forma e acompanha a vocação e a missão de cada discípulo missionário de Jesus Cristo e orienta as ações organizadas da Igreja. Dessa forma, além de ser ’alma da teologia’ (DV 24), a Palavra de Deus torna-se também a ’alma da ação evangelizadora da Igreja’ (DP 372; DAp 248)”.
E afirmaram ainda: “Quando falamos da "Animação Bíblica da Pastoral", propomos conhecer e assimilar mais a Revelação de Deus, em ter, mediante sua Palavra, um encontro pessoal e comunitário com o Senhor e sermos corajosos missionários do Reino de Deus. Por isso, a ’Animação Bíblica da Pastoral’ deve tornar-se um verdadeiro aprendizado, por meio de um caminho de conhecimento e interpretação da Sagrada Escritura, caminho de comunhão e oração com o Senhor e caminho de evangelização e anúncio da Palavra de Deus, esperança para o nosso mundo (cf. DAp 248)”.
E conclamaram: “é hora, pois, de uma formação bíblica mais intensa, profunda, sistemática e corajosa; de um contínuo e fascinante contato com a Palavra de Deus, que é Jesus Cristo; de uma forte e vibrante ação evangelizadora a partir da Palavra de Deus”. (cf. Mensagem dos Bispos do Brasil sobre a Palavra de Deus e a animação Bíblica de toda Pastoral).
Na verdade, o que a Igreja deseja é que a pastoral, em seu conjunto, promova sua atividade dentro do processo da Transmissão da fé [catequese], celebração da fé e o testemunho da fé proclamada e celebrada. Aqui está o papel do catequista no serviço da Animação Bíblica da Pastoral. Temos a certeza de que a Bíblia é, de fato, essencial para que os cristãos cheguem gradativamente à maturidade da fé. Um longo percurso que se constrói com a ajuda de pessoas, do grupo, da comunidade, da Igreja, deixando-se guiar docilmente pela ação do Espírito Santo. A Palavra de Deus é essencial, desempenha um papel central na vida e nas atividades eclesiais.
Do ponto de vista da catequese evangelizadora é importante salientar a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, colocada em relevo pelo Concílio Vaticano II. E como afirmam os últimos documentos da Igreja, faz-se necessário priorizar uma Animação Bíblica da Pastoral, tarefa que se abre para os novos tempos. Ela vem responder aos desafios do momento, pois a mesma brota do modo com que Deus, em sua sabedoria, foi reunindo as condições para que se estabelecesse uma relação dialógica, mediada por uma Palavra que se faz vida na história pessoal e de um povo.
Com certeza, a Bíblia, sendo assumida pelas Dioceses, Paróquias e Comunidades, como FONTE e ALMA de toda PASTORAL, será uma das mediações privilegiadas na promoção da pastoral de conjunto, tão essencial para que a comunidade eclesial seja expressão de uma Igreja convocada, reunida e enviada pela Palavra de Deus, que se fez carne em Jesus Cristo e que é celebrada, atualizada e vivenciada na Eucaristia.
Irmã Maria Aparecida Barboza, ICM
Pe. Jânison de Sá

Música Nossa Missão